Condomínios horizontais dão respiro à região de Santo Amaro

Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações sobre os bairros do Campo Belo e da Vila Mariana, para especial imobiliário.

A reportagem possuía o seguinte título: “Condomínios horizontais dão respiro à região de Santo Amaro.”.

Entre prédios que dominam a paisagem de São Paulo, bairros como Alto Boa Vista, Jardim dos Estados e Jardim Petrópolis, no distrito de Santo Amaro (Zona Sul) surgem como um oásis. Com cerca de 60 condomínios horizontais, os bairros recebem novos moradores em busca de mais área verde.

É o caso da designer Elisa Tendolini, 46. Há dois anos, ela , o marido e os dois filhos se mudaram para um imóvel de 475 m2 no condomínio Vila Flora, vizinho à Chácara Flora. Da janela de casa, ela consegue avistar tucanos, saguis, periquitos e araras.

“Eu valorizo o contato com a natureza, o quintal, uma vida mais contemplativa. E tenho isso aqui, com acesso fácil a tudo, sem precisar ter ido morar na Granja Viana [Grande São Paulo].”, diz.

A região conta com três shoppings (Morumbi, Market Place e D&D), escolas e fácil acesso a Avenidas como Berrini e Washington Luiz.

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No momento, há cerca de 30 casas novas à venda por lá, em dez condomínios diferentes. Três deles estão na Vila Flora. As casas, com quatro suítes, inicialmente ofertadas por R$ 4,5 milhões, estão sendo vendidas agora por R$ 3,7 milhões.

“A crise dificultou a venda desses imóveis de alto padrão. Assim, o metro quadrado na região caiu de R$ 10 mil para R$ 8.000 ou R$ 9.000.”, diz Ademir Gusmão, da Imobiliária Lopes Erwin Maack.

Entre os imóveis de altíssimo padrão, estão as unidades dos condomínios Park Lane, L´Actualle e L´Unique, da Construtora Rosini, com valores de R$ 5 a R$ 6,9 milhões. De acordo com Mônica Karl, consultora imobiliária especializada em condomínios horizontais, os compradores em potencial são executivos casados e com filhos que estão em fase escolar.

A concentração de conjuntos de casas não é por acaso. Zona exclusivamente residencial, Santo Amaro passou a receber condomínios com a Lei das Vilas, de 1.994, que permitiu a criação dos espaços pelas construtoras.

Novos lançamentos, porém, devem demorar a surgir. “Os terrenos mais fáceis para a construção já foram utilizados.”, afirma Cláudio Bernardes, ex- presidente do Secovi- SP (sindicato do setor de habitação). Segundo a entidade, em 2.013 foram lançadas 25 unidades em condomínios horizontais na região, contra cinco em 2.015. Os anos de 2.014 e 2.016 passaram em branco.

CHÁCARA FLORA:

Com 1 milhão de metros quadrados de mata atlântica, a Chácara Flora é o mais antigo condomínio residencial da capital paulista. O empreendimento foi criado em 1.924 quando o casal Francisco e Emília Nemitz vendeu sua propriedade para a sociedade Doww, Goulart & Cia Ltda., que queria transformar o local em condomínio de refúgio para o fim de semana, além de casas para empresários estrangeiros.

A história do lugar está detalhada no livro “A Memória do Guardião”, de 2.003. Com texto do crítico de arte Edward Leffingwell, a publicação também conta a trajetória do empresário Kim Esteve, 76, um dos maiores colecionadores de arte do país e morador do local desde 1.974. Seu acervo conta com obras de Tunga e Iberê Camargo, entre outros nomes.

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Filho dos donos da Chácara Helena, propriedade vizinha, Esteve frequenta a região desde criança, quando as ruas ainda eram de terra. “É um lugar único, que se mantém preservado.”, diz o colecionador, que fez fama com recepções animadas de nomes como Gilberto Gil e Marina Abramovic.

35%:

  • 35% dos domicílios em Santo Amaro são casas, de acordo com estudo da Geoimovel com dados do IBGE; 1.162 novos imóveis foram lançados no bairro nos últimos três anos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2017/03/1865556-condominios-horizontais-dao-respiro-a-regiao-de-santo-amaro.shtml