Área de um, Suíte do Outro

Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) forneceu informações a respeito de bairros do Centro da cidade de São Paulo, em especial os de: Santa Cecília e Bela Vista.

A reportagem possuía o seguinte título: Área de um, Suíte do Outro..

Do microestúdio de bom preço ao maior e mais refinado apartamento, projetos buscam integrar morador à metrópole.

Apenas 18 minutos de caminhada separam o maior e o menor imóvel à venda disponível hoje na região central de São Paulo, segundo levantamento da consultoria imobiliária Geoimovel nos distritos de Bela Vista, Consolação, República e Santa Cecília.

É na Rua da Consolação, artéria do centro antigo da capital, que está sendo erguido o Setin Downtown São Luís.

O apartamento é um estúdio minimalista de 18 m2, em que o sofá se dobra e vira suporte para a cama embutida na parede. A unidade tem uma varanda que pode fazer as vezes de área de serviço. Tudo por R$ 275 mil.

“A gente anuncia como o menor imóvel em construção no Brasil.”, diz Antônio Setin, presidente da incorporadora. “Ele está de acordo com a necessidade de quem busca o centro de São Paulo hoje: boa localização e preço menor.”.

O interior do Setin São Luís foi projetado pelo escritório de arquitetura Triptyque, que associa o conceito do miniapartamento ao de um barco: os compartilhamentos se desdobram para ocultar armários e cama, ganhando espaço e, ao mesmo tempo, sofisticação arquitetônica.

Microimóveis são realidade em metrópoles no exterior. “A tendência é que seja pensado olhando para fora da janela. A cidade já é parte da casa.”, diz em entrevista à Folha Eric Bunge, um dos responsáveis pelo projeto My Micro NY, que concebe unidades com 25 m2 a 33 m2 em Nova York.

“Você não precisa do imóvel grande se usa serviços compartilhados, como lavandaria. Assim, mais gente pode morar em áreas com infraestrutura consolidada.”.

0044

ESPAÇO INTEGRADO:

Um apartamento compacto assim é um bom desafio de planejamento no encaixe de móveis, avalia Álvaro Puntoni, que projetou o maior edifício da região central analisada pela Folha, o recém-terminado Itacolomi 445, da Incorporadora Ideia! Zarvos.

O apartamento inteiro da Consolação cabe em uma das suítes do imóvel desenhado por Puntoni, que fica na Rua Itacolomi, em Higienópolis, região nobre que abriga edifícios de vanguarda arquitetônica, como os feitos por Vilanova Artigas.

O bairro tem o metro quadrado mais caro da região, o que se explica, em parte, pela falta de terrenos disponíveis para esses novos edifícios.

Um apartamento no Itacolomi 445, de altíssimo padrão, duplex, tem quatro suítes, pé-direito duplo, ou seja, uma altura média de seis metros, e mede 314 m2. Para morar nesse espaço generoso, é preciso desembolsar cerca de R$ 5,3 milhões.

De fachada estreita, o edifício tem seis unidades com grandes janelas e o parapeito do andar de cima serve de quebra-sol para o de baixo.

“Os prédios hoje precisam romper a distância com a cidade. O Itacolomi não deveria destoar do bairro, mas ‘conversar’ com ele. Em vez de um muro alto, por exemplo, fizemos um banco na entrada.”, explica Puntoni.

Fonte: http://especial.folha.uol.com.br/2015/morar/centro-paulista/2015/09/1693686-projetos-buscam-integrar-morador-a-metropole.shtml