Próxima do metrô, Vila Guilherme cresce ao lado da Marginal Tietê

Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações da Vila Guilherme, para especial imobiliário.

A reportagem possuía o seguinte título: Próxima de metrô, Vila Guilherme cresce ao lado da Marginal Tietê.”.

Entre galpões e quarteirões de grandes lojas, a Vila Guilherme cresce impulsionada pela facilidade de transporte e a falta de terrenos baratos na vizinha Santana.

A partir da década de 1.980, a abertura de um shopping incentivou a instalação de magazines e atacadistas por lá, que formam hoje um conjunto de amplas quadras comerciais na Marginal Tietê e na Avenida Otto Baumgart.

Em transformação, a região ganhou sete empreendimentos nos últimos três anos, segundo dados da consultoria imobiliária Geoimovel. São apartamentos voltados para famílias- seis deles têm unidades de dois e três dormitórios. Esses condomínios ficam a poucos minutos de quatro estações da linha 1- Azul, do Metrô, e do Parque Trote, um antigo espaço de corridas de cavalo que foi transformado em área de lazer.

DUPLA PERSONALIDADE:

As partes baixa e alta da Vila Guilherme são divididas pela Rua Chico Pontes, que corta a região. “As ruas coladas à marginal têm terrenos mais baratos e maior potencial para abrigar lançamentos futuros.”, diz Plínio Nakamura, subdelegado da seccional norte do Creci- SP (Conselho de Corretores).

Nos quarteirões ao lado da via expressa ficam três dos novos residenciais, próximos a galpões desativados e pátios de transportadoras.

“Antigamente, as construtoras não tinham interesse em lançar edifícios no lado mais próximo ao rio Tietê. Hoje, há um movimento para reconfigurar essa área.”, afirma Nakamura.

Um desses novos prédios é o Parque Jardim Vila Guilherme, entregue em Junho do ano passado. Com dois e três dormitórios, tem piscinas e academia de ginástica, a partir de R$ 9.053/ m2.

“É parecido com o que ocorreu na Barra Funda e na Vila Leopoldina (Zona Oeste), os residenciais ocuparam áreas fabris e mudaram tudo.”, diz Marcelo Dzik, diretor de incorporação da Even, responsável pelo projeto.

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Ao avançar para o miolo da vila, as ruas se tornam mais pacatas, e as novas construções contrastam com casas germinadas e prédios antigos de dois e três andares.

A família da advogada Fernanda Gomes Castilho, 35, chegou a buscar opções em Santana. “Desistimos, porque os imóveis eram bem mais caros.”. A facilidade de descolamento também pesou na decisão de comprar um apartamento no Edifício Esatto, na parte alta.

“A Vila Guilherme tem se consolidado como opção para o jovem casal que depende do metrô. Por estar em transição, as opções são até 20% mais baratas que no bairro vizinho.”, diz Leandro Campolargo, da Compacta Engenharia, responsável pelo condomínio, com imóveis a partir de R$ 6.700/m2 e previsão de entrega em Dezembro último.

AGORA É HORA:

A região também abrigou os estúdios do SBT, na Rua Dona Santa Veloso, até o fim dos anos 1.990, quando a emissora se mudou para Osasco.

Na esquina da Avenida General Ataliba Leonel com a Rua Azir Antônio Salton, no Carandiru, eram filmados os programas de auditório, no antigo Teatro Silvio Santos.

Lá foi gravada, por exemplo, a cena em que o apresentador cai em um tanque de água ao explicar uma das brincadeiras do “Topa Tudo por Dinheiro”, lembra Gonçalo Roque, 78, responsável pelo público da emissora e morador da Vila Guilherme há mais de 30 anos.

“Antes, a gente sofria muito com enchentes, mas a infraestrutura melhorou. Dá saudades de filmar aqui, os vizinhos se sentiam parte do canal. Quando uma das caravanas furava, eu ia para a rua convidar os moradores para completar a plateia, e o auditório nunca ficava vazio.”.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2016/11/1831694-proxima-do-metro-vila-guilherme-cresce-ao-lado-da-marginal-tiete.shtml