Viver nas Alturas

O diretor corporativo da Amaral d’ Avila Engenharia de Avaliações  e do Geoimovel, Celso Amaral, mais uma vez externou opinião em uma matéria para o Jornal a Folha de São Paulo veiculada em 26 de Agosto de 2012.

O tema da reportagem aborda apartamentos residenciais que possuem mais de 30 andares , ou seja, edifícios altos que estão sendo construídos em São Paulo.

Nos últimos quatro anos a cidade de São Paulo vive um  boom de empreendimentos residenciais apresentando inúmeros edifícios acima de 30 andares e “são sempre os mais procurados e os que vendem rapidamente” , de acordo, com Marco Antônio Nelro, sócio da construtora Porte.

No levantamento efetuado pela imobiliária Lopes, mostra que os 11 empreendimentos com maior número de andares lançados na cidade de São Paulo de Setembro de 2009 a Agosto de 2012 são residenciais.

Mesmo com os preços altos, o topo desses imóveis geram muita disputa, e quando o apartamento é o único bem alto da região , o preço do seu último andar tende a ser mais caro ainda.

Para Celso Amaral: “Mesmo sendo mais caros, os apartamentos mais altos vendem mais e  mais rápido tanto pela vista quanto pelo status que representam”, e a variação de preço oscila entre 15% a 20% se compararmos os primeiros andares e os últimos” (exceto coberturas).

Porém, morar em andares altos como a cobertura, tem suas vantagens como: menor ruído da vizinhança (barulho de crianças brincando ou de pessoas conversando) e claro, suas desvantagens  como: a existência de um barulho difuso, originado do sistema viário, no entanto, para Lucila Lacreta, urbanista e diretora-executiva do movimento Defenda São Paulo os efeitos são todos negativos para a cidade: ”quem está em volta de um desses prédios tem a vista bloqueada por ele, e só o morador dali sai ganhando”.

Ela ressalta ainda que esses edifícios criam uma grande sombra e geram tráfego.

Os principais empreendimentos residenciais com mais andares lançados na cidade nos últimos três anos são:

  • Horizonte Home (Vila Olímpia);
  • Josephine Baker (Anália Franco);
  • Thera Residence Kansas (Brooklyn);
  • Residencial Alhambra de Granada (Tatuapé);
  • Thera Residence Faria Lima (Pinheiros);
  • Atelier Mozaik (Vila Sônia);
  • Mozaik Vila Sônia (Vila Sônia);
  • Camille Claudell (Anália Franco);
  • Nova York Penthouses (Brooklyn);
  • CA’D’ORO (Centro) e
  • Maison Victoria (Ibirapuera).

A reportagem ainda informa que embora os lançamentos na cidade paulista possuam o maior número de andares residenciais, os campeões em altura ainda são os empreendimentos comerciais.

Só a cidade de São Paulo possui 63 arranha-céus e divide com a cidade chinesa Chongquig a 25ª colocação entre as cidades com a maior quantidade desse tipo de empreendimento.

Hong Kong é a primeira colocada do ranking, com 1.224 edifícios com mais de 100 metros, mas que o dobro do número encontrado em New York , segunda colocada, com 569 edifícios. Tóquio é a terceira colocada com 344 arranha-céus. Segundo estudo da entidade americana CTBUH, até o fim de 2011 haviam 61 construções com mais de 300 metros no mundo.

 

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