04 Suítes, 06 Garagens

Jardim Europa, bairro paulistano que concentra milionários, tem mais de 60 casas à venda.

Quatro suítes, seis vagas de garagem, 650 metros quadrados de área construída em cerca de 1.300 metros quadrados de terreno.

Preço: R$ 30 milhões.

O mau humor econômico, que estarreceu o mercado imobiliário e fez proliferar placas de vende-se e aluga-se na capital paulista, também atingiu as enormes casas do Jardim Europa, nobilíssima região a que corretores se referem como o “diamante” da cidade.

Existem hoje 64 imóveis disponíveis para venda no entorno das avenidas Nove de Julho, Europa e Brasil, segundo pesquisa realizada a pedido da Folha pela Amaral d´Avila, empresa especializada em estudos de investimentos e avaliações imobiliárias.

CASARÕES A VENDA

imoveis

Esse é o primeiro levantamento feito pela consultoria no bairro.
Trata-se de uma vizinhança de quatrocentões, banqueiros e industriais, habitada por membros de famílias como Diniz, Maluf e Ermírio de Moraes.

Os proprietários são discretos e , segundo corretores que falaram com a reportagem sob a condição de anonimato, raramente expõem os motivos pelos quais estão oferecendo seus imóveis.
A crise pode estar na raiz da atual oferta, segundo Fernando José da Costa, presidente da Ame Jardins, associação do bairro.

“Além das pessoas que estão simplesmente querendo se mudar para um prédio, o volume hoje pode ser maior do que há alguns anos devido à crise econômica pela qual o país vem passando.”.

Para Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações, a vacância está acima do habitual.
“E as razões para isso são muitas, desde as ligadas à crise, como os altos custos de manutenção, até casos de divórcio e separação de herança.”, afirma o executivo.

LIQUIDEZ

A Folha apurou com residentes do bairro que “necessidade de liquidez financeira” e “mudança para o exterior” foram determinantes para alguns vendedores
Anna Cláudia Cardoso, diretora-presidente da Esquema, loja de imóveis especializada no segmento de alto padrão, aponta que a justificativa está mais na falta de demanda do que no excesso de oferta.
Segundo ela, está acontecendo um efeito cumulativo no bairro desde o final do ano passado.
“Entre 2.010 e 2.012 o mercado estava muito aquecido e os preços ficaram supervalorizados. Agora, a agilidade está menor. O prazo médio de venda está mais demorado.”.

Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Amaral d’Avila Engenharia de Avaliações, através do seu diretor corporativo, Celso Amaral, forneceu informações a respeito dos bairros mais nobres da cidade de São Paulo possuírem muitas casas com placas para vender.
Essa reportagem continha o seguinte título: “04 suítes, 06 garagens”.