Imóvel de até R$ 500 mil está mais raro em São Paulo

Matéria: “Imóvel de até R$ 500 mil está mais raro em São Paulo”

Na última quinta-feira, dia 23 de Maio de 2013, foi publicada uma matéria no Jornal Folha de São Paulo, como matéria de capa do caderno Imóveis. A reportagem foi expressa com o seguinte título:  “ Imóvel de até R$ 500 mil está mais raro em São Paulo.”

Imóveis novos de até R$ 500 mil estão cada vez mais raros em São Paulo, segundo  dados do Geoimovel, empresa de informações imobiliárias e pertencente ao grupo Amaral d’ Avila Engenharia de Avaliações.

O valor é o teto para o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na aquisição.

Em 2009, quando esse valor foi instituído, os imóveis novos se enquadravam no limite em 81% dos bairros com lançamentos. Em 2012, o número caiu para 64%, e as moradias mais baratas foram empurradas para pontos mais distantes do centro.

Bairros como Lapa, Jabaquara, Saúde, Santo Amaro, Vila Maria e Carrão saíram da lista com lançamentos de até R$ 500 mil.

No período, houve uma redução de 46% no número de imóveis de até R$ 500 mil lançados e aumento de 237% dos imóveis acima desse preço.

Para Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d’Avila Engenharia de Avaliações e da Geoimovel: “ a população que era atendida pelos imóveis de até R$ 500 mil em 2009 precisa de unidades de maior valor hoje.”. Esse argumento é muito utilizado por quem defende que o teto suba para R$ 750 mil.

De acordo com João da Rocha Lima Júnior, professor de mercado imobiliário da Poli (Escola Politécnica da USP), a reforma da lei de uso e ocupação do solo, que deve ocorrer neste ano, pode equilibrar os preços na cidade.

Isso acontecerá, afirma, se houver uma preocupação maior em aproximar os novos centros comerciais das casas. “ No sul da cidade, que vive um crescimento comercial agressivo, há muito terreno disponível. Mas tem que disciplinar, não adianta fazer prédio de escritório, tem que fazer residência.”, completa.

  • Comparação do número de imóveis de até R$ 500 mil na cidade de São Paulo nos anos de 2009 e 2012:

 

Em 2009

Lapa, com R$ 466.556,00;
Cursino, com R$ 464.088,00;
Santo Amaro, com R$ 423.857,00;
Liberdade, com R$ 422.900,00;
Morumbi, com R$ 400.358,00;
Belém, com R$ 522.500,00;
Itaim Bibi, com R$ 573.384,00;
Barra Funda, com R$ 595.355,00;
Campo Belo, com R$ 620.056,00 e
Santana, com R$ 656.849,00.

 

Em 2012

Socorro, com R$ 450.562,00;
Ipiranga, com R$ 433.238,00;
Vila Prudente, com R$ 427.749,00;
Casa Verde, com R$ 417.343,00;
Penha, com R$ 407.709,00;
Saúde, com R$ 539.246,00;
Vila Maria, com R$ 531.887,00;
Jabaquara, com R$ 520.145,00;
Cachoeirinha, com R$ 510.654,00 e
Tremembé, com R$ 507.224,00.