Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) concedeu informações a respeito dos bairros da Zona Norte- com especial atenção para Casa Verde; Santana e Tucuruvi, para a realização de especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Apartamentos próximos do Parque da Cantareira são a grande atração da Zona Norte.”.
Os 2,2 milhões de moradores da Zona Norte de São Paulo podem dizer com propriedade que o quintal deles é mais verde que o vizinho. Ali está o Parque Estadual da Cantareira, que é considerado a maior unidade pública de conservação florestal da capital paulista.
Com área igual a 7.900 campos de futebol, circundar o parque exige um deslocamento equivalente à uma viagem de São Paulo e Campinas: 93 quilômetros.
Na Zona Norte, o verde também está em parques, como o Horto Florestal e o Vila Guilherme/ Trote, em praças e também em avenidas, como é o caso da Braz Leme, no bairro da Casa Verde.
Tudo isso rende ao lugar índice de 42,19 m2 de área verde por habitante- fica atrás só da Zona Sul (113 m2), sendo que essa última concentra a maior parte da zona rural da capital e ainda por cima um pedaço da Serra do Mar.
“Na Zona Norte, a temperatura costuma ser entre 3ºC e 4ºC mais baixa que nas demais partes da cidade pela presença dessa vegetação.”, diz o engenheiro agrônomo Frederico Arzolla, do Instituto Florestal do Estado.
Essa paisagem verde não passa em branco pelo mercado imobiliário. “A gente vende a Zona Norte enfatizando que o local tem muitas árvores; praças e acesso fácil ao Centro, de carro ou por metrô.”, diz Marcelo Dzik, diretor de incorporações da Even.
Nos novos prédios, áreas verdes amplas lembram o morador de que ele está numa localidade que um dia foi tomada pela mata atlântica.
O Áureo Santana, por exemplo, localizado na Rua Cônego Manoel Vaz, em Santana, com apartamentos de 191 m2 a R$ 1,8 milhão, tem uma praça de quaresmeiras (uma espécie do bioma).
No total, a Zona Norte tem 1.867 imóveis novos à venda- desses, 220 estão prontos para morar, segundo a consultoria imobiliária Geoimovel.
A região analisada pela Folha considera os distritos de Casa Verde; Freguesia do Ó; Jaçanã; Limão; Santana; Tucuruvi e Vila Guilherme.
ECONÔMICOS:
O padrão dos imóveis da Zona Norte segue o perfil socioeconômico da maioria de seus moradores, cuja renda domiciliar média fica em torno de R$ 3.900, segundo o IBGE.
Mais de 93% dos empreendimentos são dos tipos econômico e médio, com preços entre R$ 300 mil e R$ 802 mil.
Um desses imóveis é o Mio Bonfigli, na Vila Santa Maria, distrito do Limão. Todos os 32 apartamentos têm área enxuta: 54 m2 e um espaço de lazer na mesma linha, com apenas salão de festa e playground. Lá, nem piscina tem. O preço da unidade fica em R$ 300 mil, na média.
“É o tipo de apartamento para quem morava nos bairros mais distantes da Zona Norte, ascendeu socialmente e agora quer viver num lugar melhor, mas sem deixar a região.”, afirma Edson José da Silva, que é diretor de incorporações da Construtora Nova Forma.
A companhia estuda erguer mais duas torres parecidas a partir de 2.016 no triângulo formado pelas avenidas Engenheiro Caetano Álvares; Deputado Emílio Carlos e Imirim- onde fica o m2 mais barato da região. Segundo Silva, o preço baixo pode ser explicado “pela oferta de terrenos mais em conta”.
A exceção da Zona Norte é o distrito de Santana, que tem o m2 mais caro: R$ 9.270. Foi lá que o empresário José Antônio Parada, 48, investiu R$ 2 milhões para morar no 13º andar do recém-inaugurado Grand Tolle, com apartamentos de até 755 m2. “Quando abro a janela, a vista que eu tenho é a Cantareira.”, diz.