Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) concedeu informações a respeito dos bairros da Zona Oeste- com especial atenção para o Butantã, para a realização de especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Butantã tem vista boa, área verde e o m2 mais barato da região”.
O “pulmão verde” e a ampla área pública de lazer da cidade universitária da USP (Universidade de São Paulo) podem ser dois grandes atrativos do Butantã. A isso, junta-se o fato de que o distrito tem o metro quadrado mais barato de toda a região pesquisada pela consultoria imobiliária Geoimovel: R$ 8.130,00.
Ainda assim, ele não é a primeira opção de quem busca moradia na Zona Oeste. “O Butantã, que está ancorado na USP, surge como alternativa a quem deseja morar nesta região da cidade, que é tradicionalmente mais cara, mas não pode desembolsar R$ 12 mil ou R$ 13 mil por metro quadrado.”, diz Thiago Castro, diretor de novos negócios da Imobiliária Abyara.
Para um público que busca imóveis de médio padrão, predominam nos empreendimentos da região apartamentos de 2 e 3 dormitórios. Com esse perfil, ao menos 306 unidades de cinco empreendimentos estão disponíveis para venda: quatro deles em obras, que devem ficar prontos entre 2.016 e 2.017, e um que foi entregue no ano passado.
A maior parte desses imóveis se concentra na Vila Gomes e no Jardim Rizzo, próximos à cidade universitária.
VISTA PARA O VERDE:
Para o professor João Rocha Lima Jr., do núcleo Real Estate, da Escola Politécnica da USP, a proximidade com o câmpus da universidade tem outro atrativo: a vista.
“A região do Ibirapuera, por exemplo, é mais cara por causa do horizonte. O mesmo acontece com a área verde da cidade universitária.”. Segundo ele, porém, o Butantã tem a vantagem do metro quadrado mais barato, mas perde por ter acesso mais difícil.
O engenheiro-civil Lucas Haidara, 28, sente na pele o impacto de morar numa área de acesso complicado. “Com a chegada demais gente à região, o trânsito piorou.”.
Apesar disso, ele garante que só deixaria o bairro para morar próximo de mais opções de transporte. “Você encontra tudo aqui, quase não precisa ir ao centro.”.
Segundo Gilberto Belleza, presidente do CAU-SP (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo), a própria cidade universitária é uma barreira que isola o bairro. “Apesar de dar uma melhor qualidade de vida, atrapalha a circulação.”, explica.
A pesquisa da Geoimovel aponta que as opções no Butantã têm valores de R$ 459 mil (60 m2) a R$ 723 mil (95 m2). Apesar de contemplarem todos os bolsos, Castro conta que dois dos empreendimentos lançados no ano passado tiveram de 35% a 50% dos imóveis vendidos.
Mas ele afirma que o bairro caminha para a consolidação. “A Vila Leopoldina, há dez anos, tinha só galpões. Hoje é uma área muito procurada. O mesmo deve acontecer com o Butantã. É um caminho de médio prazo.”.