Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo – Especial Morar 2.016, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) concedeu informações a respeito do bairro de Santo Amaro, para a realização de especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Chegada de torres comerciais muda a cara de Santo Amaro e atraí condomínios.”.
A chegada de torres comerciais na região da Avenida Chucri Zaidan, conhecida como a “nova Berrini”- em referência à via que concentra prédios de escritórios na cidade- geraram uma onda de transformações no distrito de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo.
Empreendimentos residenciais e restaurantes se instalaram nos arredores da avenida, trazendo mais movimento e valorizando a região.
A mudança na paisagem começou a partir de 2.009, com um “boom” de edifícios comerciais, de acordo com Lucas Araújo, coordenador de Marketing e Inteligência de Mercado da Trisul.
Isso já aumentou o fluxo de pessoas trabalhando na região e, consequentemente, a demanda por empreendimentos residenciais. Mas foi a partir de 2.012 que os primeiros prédios residenciais na região foram lançados. Um exemplo é o ADD Nova Berrini, da Trisul.
“Acompanhamos o movimento do mercado e percebemos que a região passou a concentrar um grande fluxo de pessoas, então decidimos lançar.”, afirma Araújo.
O edifício tem o metro quadrado mais caro entre os imóveis de Santo Amaro: R$ 15.940, segundo a consultoria imobiliária Geoimovel– o preço médio do m2 no bairro fica em R$ 11.570.
OPÇÕES:
Na Rua Henri Dunant, onde fica o edifício, há pelo menos seis restaurantes, a maioria abertos recentemente. Um deles é o Nutrire Refeições, de Antônio Paulo Sandoval, 72.
Segundo ele, estabelecimentos pequenos e com opções saudáveis no cardápio caíram no gosto do público, formado em grande parte por executivos.
“Os shoppings são caros e cheios. Aqui, a comida é boa e é mais perto do meu trabalho.”, diz a assistente de relacionamentos Caroline Gusmão, 21. Ela trabalha em uma das torres corporativas da Chucri Zaidan e é cliente do restaurante de Sandoval.
O administrador de empresas aposentado Duilio Alberto Vandernini, 69, aposta nesse caminho e vai abrir um restaurante no mês que vem na mesma via. “Tem muita demanda. O bairro cresceu muito.”, diz ele, que morou por 25 anos na região de Santo Amaro e hoje vive em Barueri.
“Venho aqui três vezes por semana, mas prefiro a calmaria de lá.”, explica.
SÓ O COMEÇO:
Apesar do lançamento de torres residenciais, o distrito ainda conta com uma boa porção de casas- 48% do bairro, segundo dados da consultoria imobiliária Geoimovel.
Para Marina Cury, da consultoria em imóveis comerciais Newmark Grubb Brasil, isso mostra como ainda há espaço para novos empreendimentos no local.
“A região vai continuar mudando. Há projetos para melhorar a malha viária e novos prédios residenciais devem chegar ao local, acompanhando os empreendimentos corporativos.”, afirma.
Segundo Cury, um caminho natural para o bairro, que já mistura prédios comerciais e residenciais, são os condomínios mistos- que une as duas categorias no mesmo terreno.
A Incorporadora Odebrecht, por exemplo, está construindo o Parque da Cidade, com essa vocação, na Avenida das Nações Unidas.
O complexo de 80 mil metros quadrados não terá muros e promete ter um parque arborizado, com espaço para ciclistas, aberto ao público. Ao todo serão dez torres que reuniram prédios de escritórios e de residências, além de um shopping e um hotel.
Para Saulo Nunes, diretor de incorporação do empreendimento, os condomínios mistos podem ajudar a tornar o ambiente mais seguro e pacífico ao manter a circulação de pessoas fora do horário comercial. “Queremos evitar que a região seja como a Berrini, onde é difícil de caminhar à noite porque não há muita gente nas ruas.”.
O lançamento das torres residenciais está prevista para o segundo semestre de 2.017.