Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo – Especial Morar 2.016, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) concedeu informações a respeito da região do “ABCDOG”, para a realização de especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Osasco, ABCD e Guarulhos reúnem opções de imóveis até 30% mais baratos que os da capital.”.
Com oferta de prédios novos e mais baratos que os da capital, uma região da Grande São Paulo está se firmando como alternativa de endereço residencial para os paulistanos: o “ABCDOG”.
A sigla, muito usada no mercado imobiliário, é formada pelas iniciais de Santo André; São Bernardo do Campo; São Caetano do Sul; Diadema; Osasco e Guarulhos. São cidades que concentram a maior atividade industrial do país e integram a região metropolitana mais populosa, com 21 milhões de habitantes.
Em locais como Osasco e Guarulhos, um estudo da consultoria Brasil Brokers mostra que, de 4.000 apartamentos recém-entregues, 35% e 37% dos compradores são, respectivamente, paulistanos. O motivo está no preço dos projetos imobiliários.
De acordo com as incorporadoras ouvidas pela Folha, os valores das unidades nessa região são até 30% mais baixos que os de imóveis equivalentes em São Paulo.
É isso que segura a gerente de Recursos Humanos Júlia Pattaro, 30, em São Bernardo do Campo.
Ela mora em um apartamento de 140 m2 com marido e filho. Mesmo gastando uma hora e meia por dia para ir ao trabalho, na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini (Zona Sul da capital), diz que o esforço compensa.
“Não conseguiria ter hoje o mesmo apartamento e padrão de vida se morasse em São Paulo. Tenho uma empregada, e pago uma escola 60% mais barata para o meu filho. Se estivesse em São Paulo conseguiria, no máximo, um imóvel de 45 m2.”.
Nessa área apelidada de ABCDOG foram colocados à venda 82.682 apartamentos entre 2.011 e 2.016, segundo a consultoria imobiliária Geoimovel.
Entre os lançamentos, predominam os de padrão médio baixo (de R$ 251 mil a R$ 350 mil), com área útil entre 50 m2 e 89 m2.
A metragem compacta é compensada com espaços coletivos de lazer, que fazem às vezes de um clube: piscinas; ambientes para atividades físicas e salões de festas.
“Esses empreendimentos visam atender a uma classe emergente que procura imóveis mais completos.”, diz Leonardo Raymundo, gerente da Incorporadora PDG.
O Magnum Residencial, da PDG, é um exemplo. Localizado às margens da Dutra, próximo ao aeroporto de Guarulhos, o prédio tem de espaço fitness a piscina. Os apartamentos, entre 53 m2 e 62 m2, custam até R$ 362 mil.
A maioria dos compradores que optam por um imóvel na região metropolitana já mora na fronteira de São Paulo, afirma José de Albuquerque, diretor de incorporações da Brookfield.
O distrito de Jaguaré, na Zona Oeste da capital, está colado em Osasco. Mas a distância entre o preço do metro quadrado de um e de outro é grande. No Jaguaré, o valor médio é de R$ 8.320, contra R$ 6.510 em Osasco.
“Essa diferença de preço representa uma suíte a mais, uma qualidade de vida maior. É essa a conta que as pessoas precisam fazer.”, afirma Bruno Vivanco, da Abyara.
TRÂNSITO:
Os novos empreendimentos se concentram no entorno das rodovias Dutra; Imigrantes e Anchieta, que estão cada vez mais lotadas de carros no início e no fim do dia.
Só de Guarulhos partem todos os dias quase 370 mil veículos rumo à capital.
Para contornar o problema, o consórcio formado por prefeitos do Grande ABCD planeja erguer 16 eixos de transporte que interligarão as cidades da região à capital.
Luís Bresciani, secretário-executivo do consórcio, diz que há obras em apenas dois trechos: Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo, com recursos das próprias prefeituras e sem previsão de término. Bresciani diz ainda que quatro eixos são prioritários porque “criarão corredores preferenciais para o transporte coletivo”, entre eles o que liga Diadema ao Terminal São Pedro, em São Bernardo do Campo.