Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações para especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “’Minicidades’ cheias de lazer mudam a cara da Barra Funda.”.
Seja para quem quer ampliar a família ou para quem deseja um novo grupo de amigos, a Barra Funda é o paraíso dos empreendimentos gigantes, com múltiplas torres e centenas de apartamentos.
Segundos dados da consultoria imobiliária Geoimovel, dos 10 empreendimentos com mais apartamentos na Zona Oeste, 4 estão localizados no distrito.
A oferta se deve principalmente, à disponibilidade de terrenos grandes pelo antigo perfil industrial do bairro, somada aos incentivos da Operação Urbana Água Branca- conjunto de ações municipais que visa a desenvolver os bairros da Água Branca; Perdizes e Barra Funda.
A designer de interiores Candice Amorim, 33, escolheu o bairro já com planos de ampliar a família. Inicialmente, queria um condomínio- clube em Perdizes, onde mora atualmente. “Mas o preço do metro quadrado estava um absurdo, e na Barra Funda custava metade.”, diz.
Ela deve se mudar em breve com o marido, Sidney Martinez, para uma das 312 unidades de um dos empreendimentos da Yuny na região.
“É perto de tudo, das marginais; do centro; das Avenidas Paulista e Pacaembu. Estou a 15 minutos do metrô, e conseguir acessar a cidade sem carro é libertador.”, diz Amorim.
A Yuny é responsável, entre outros, pelo United Home, com duas torres residenciais de 368 apartamentos. As unidades têm 69 m2 e 100 m2 e saem por R$ 8.000 o metro quadrado.
“As pessoas querem ficar mais próximas do centro e de seus locais de trabalho.”, diz Dalton Guedes, gerente de incorporação da Yuny.
Grávida do primeiro filho, a advogada Stella Aquinaga, 32, também queria um condomínio com cara de clube. “Pensei mais nas crianças e em um local que elas poderão usufruir, com piscinas.”, conta ela, que mora no Pateo Barra, também da Yuny.
Outra vantagem, diz a advogada, é o fato de ser uma área em expansão e que “valorizará mais”.
Para Luiz Guilherme Rivera de Castro, professor de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a verticalização da Barra Funda deve trazer mudanças para a rotina do bairro, principalmente no trânsito.
“Com mais moradores, haverá mais carros circulando, o que causa um impacto negativo. Mas a futura linha 6- Laranja do metrô deve amenizar o problema.”, diz.
O trajeto, conhecido como “linha das universidades” estava previsto para 2.018, mas teve as obras suspensas no mês passado.
Castro afirma ainda que os lançamentos residenciais devem atrair mais serviços para o bairro e resolver uma das principais reclamações dos moradores, a falta de opções de comércio.
A Gafisa é outra construtora que investiu nos megacomplexos no bairro. O Barra Viva tem 511 unidades residenciais, a partir de R$ 7.000 por metro quadrado.
“As torres são separadas, com várias portarias e áreas comuns exclusivas, o que gera uma sensação maior de privacidade.”, diz Octávio Flores, diretor de incorporações da construtora.