Com saturação da zona sul, Ribeirão Preto quer crescer em direção ao leste

Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações sobre a cidade de Ribeirão Preto, para especial imobiliário.

A reportagem possuía o seguinte título: Com saturação da zona sul, Ribeirão Preto quer crescer em direção ao leste.”.

Cada vez mais consolidado na Zona Sul, o mercado imobiliário de Ribeirão Preto mira a Zona Leste para tentar fugir de um “estrangulamento” do setor na região mais nobre da rica cidade do interior de São Paulo.

Sete em cada dez imóveis lançados no município nos últimos anos têm como localização bairros da Zona Sul- nobre- de Ribeirão, segundo o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Região da cidade que se desenvolveu a partir do início dos anos 1.990, a Zona Sul concentra atualmente dois dos quatro shopping centers da cidade, academias, restaurantes, edifícios comerciais e lojas de veículos importados.

Segundo dados da consultoria imobiliária Geoimovel, Ribeirão é a cidade do interior com o maior número de lançamentos dos últimos 36 meses (96), à frente de Sorocaba (86).

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A maioria dos imóveis à venda são verticais, têm de 70 m2 a 100 m2 e custam de R$ 500 mil a R$ 600 mil, de acordo com José Batista Ferreira, diretor regional do Sinduscon.

Um dos últimos lançamentos na região é o loteamento Quinta dos Ventos, com 554 lotes, com preços a partir de R$ 150 mil, e VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 110 milhões. A previsão é encerrar o ano com 50% dos lotes vendidos, segundo Otair Guimarães, diretor comercial da empresa Leste Realty.

“Lançamos para vender inicialmente 20%, mas foi muito melhor do que a nossa expectativa. Ribeirão Preto tem um bom padrão econômico e a gente tinha de arriscar também, independentemente de crise.”, disse o empresário.

Batista afirmou que ainda há estoque de imóveis na Zona Sul com as construtoras devido à crise econômica, mas a região está prestes a viver um estrangulamento em relação a novos empreendimentos, o que faz o mercado voltar os olhos para outras áreas da cidade.

“Há um excesso de imóveis ofertados nas regiões voltadas para o sul da cidade. Essa concentração é finita. E há ofertas na Zona Leste, com valores convidativos.”.

VETOR:

É justamente a região leste que é vista pelo setor imobiliário como um novo vetor para o desenvolvimento do município com mais de 670 mil habitantes, de acordo com o IBGE.

Porém, para isso, é preciso uma nova regulamentação municipal sobre a região, que concentra uma área de recarga do aquífero Guarani- um dos maiores mananciais de água doce subterrânea do planeta.

A Zona Leste tem um solo poroso, que permite que a água infiltre mais facilmente até chegar ao aquífero.

Uma decisão judicial protegia 65 quilômetros quadrados de áreas na região, mas a prefeitura recorreu ao TJ (Tribunal de Justiça), e a liminar caiu no ano de 2.015. Agora, há a necessidade de uma legislação para o local.

É o que faz o comerciante Patrício Dias esperar para comprar um imóvel para sua filha. “Assim que estiver tudo regularizado e soubermos onde pode e onde não pode ter condomínios, farei esse investimento, porque os preços são mais atrativos.”, afirma o comerciante.

A estimativa do setor imobiliário é que um imóvel nas mesmas condições que os da Zona Sul custe, em média, 30% a menos.

“É um custo de oportunidade. O mercado está pronto para atuar, falta apenas a nova legislação. Há a previsão de empreendimentos enormes.”, disse Batista Ferreira, do Sinduscon.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/morar/2016/12/1838061-com-saturacao-da-zona-sul-ribeirao-preto-quer-crescer-em-direcao-ao-leste.shtml