Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, Celso Amaral, diretor corporativo da Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações sobre Tamboré, para especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Queda no preço de casas aquece mercado de usados em Tamboré.”.
Quem quiser morar em uma casa nos condomínios horizontais de Tamboré ou Alphaville, na Grande São Paulo, vai ter que negociar com antigo moradores.
Desde os anos 2.000, as cidades de Barueri e Santana do Parnaíba- onde ficam os empreendimentos- têm passado por um processo de verticalização que freou os lançamentos horizontais.
Segundo a Geoimovel, de Janeiro a Setembro de 2.016 aconteceu apenas um lançamento horizontal em Alphaville, com dez casas. Já em Tamboré, o ultimo empreendimento novo foi em 2.006- o Tamboré 11 Terra de Provence. O condomínio tem 411 lotes de 420 a 850 m2.
“O movimento mais comum hoje na região é a compra de casas antigas para reformar ou demolir.”, explica Celso Amaral, diretor da consultoria e da Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações.
De acordo com ele, a principal diferença entre os dois bairros é que Tamboré oferece terrenos maiores e ainda tem um pouco mais de espaço para a expansão dos condomínios horizontais.
O preço entre os bairros também é diferente. Em Outubro, o metro quadrado de casas em condomínios de Alphaville estava em R$ 5.630, de acordo com o levantamento do portal imobiliário VivaReal. Em Tamboré, esse valor já passava de R$ 6.100.
Ainda assim, os valores são mais atrativos do que em regiões nobres da capital paulista. Só para comparar, uma casa em condomínio de três quartos e 240 metros quadrados no Itaim Bibi (Zona Oeste de São Paulo) pode custar R$ 13.333 o metro quadrado.
Nos dois loteamentos da Grande São Paulo, o perfil das casas é de alto padrão. A maior oferta, segundo o VivaReal, é de casas com quatro ou mais dormitórios, área acima de 200 metros quadrados e valor superior a R$ 1 milhão.
HISTÓRIA:
Alphaville se desenvolveu a partir do Alphaville Centro Industrial, empreendimento construído em 1.973 para abrigar empresas não poluentes. O caso de Tamboré foi parecido, um centro empresarial foi criado em 1.981, e os condomínios surgiram para abrigar executivos e funcionários das empresas vizinhas.
Com o tempo, os dois lugares ficaram conhecidos pelas casas de alto padrão. Os preços mais baixos de revenda, no entanto, têm ajudado a atrair novos moradores.
“Esses bairros têm atraído cada vez mais pelo preço, qualidade de vida e também por haver possibilidade de empregos nas redondezas.”, diz Lucas Vargas, do portal VivaReal.
Segundo ele, os moradores que buscam uma casa na região “apreciam um tipo de moradia com mais privacidade e espaço livre, com segurança e lazer de clube.”.
Mateo Cuadras, presidente do portal imobiliário Imovelweb, avalia que o mercado de revenda está em alta no local. “Em São Paulo, a demanda por aluguel já supera a por compra de imóvel. Isso é típico de momentos de crise. Mas em Alphaville e Tamboré, ainda têm muito mais gente procurando imóvel para comprar.”, diz.
Levantamento do portal mostra que, nos últimos 90 dias, 55,5% das buscas por casas em Alphaville eram para a compra- em Tamboré, esse índice chega a 72%.