Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações sobre os bairros do Campo Belo e da Vila Mariana, para especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Comprar imóvel na planta volta a valer a pena, dizem especialistas.”.
Comprar um apartamento recém-lançado na planta sai mais barato do que procurar um imóvel em estoque ou pronto para morar.
Em 2.016, o preço médio do metro quadrado de lançamentos na cidade de São Paulo foi de R$ 8.573, enquanto as unidades em estoque custaram R$ 9.455/m2 (10% a mais), de acordo com dados da Geoimovel.
Profissionais da área apontam que isso é natural, já que o imóvel na planta se valoriza com o tempo. “Quanto mais próximo ele está da entrega, maior o preço. Todo o mês o valor é reajustado pelo INCC [Índice Nacional de Custo da Construção].”, diz Aline Borbalan, gerente de inteligência da VivaReal.
Só que, durante o “boom” imobiliário na cidade, que durou até meados de 2.014, a situação era diferente. “Existia uma demanda alta, os preços subiram bastante e havia lançamentos mais caros do que unidades em empreendimentos prontos.”, afirma José Roberto Federighi, diretor geral da Imobiliária Brasil Brokers em São Paulo.
Hoje, ainda é possível encontrar essa situação. “Um imóvel na planta com estrutura de lazer e serviços é mais caro do que um pronto sem benefícios.”, explica Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.
PLANTA BAIXA:
- Preço de imóveis recém-lançados está mais barato que o de unidades novas prontas:
REAJUSTE DE PREÇOS:
Com a queda nas vendas de imóveis, porém, os lançamentos já estão entrando no mercado com preços mais ajustados ao poder de compra- e as unidades vazias ainda têm margem larga para negociação.
“Os preços estavam fora da realidade. Todo imóvel tem o que chamamos de valor justo. Se a empresa pede acima dele, passa a ser especulação e, na venda a prazo, pode gerar uma onda de distratos [cancelamento de compra], como aconteceu no ano passado.”, explica o engenheiro João da Rocha Lima Júnior, professor do Núcleo de Real Estate da Poli- USP.
Com a expectativa de uma retomada gradual da economia, porém, os valores dos lançamentos devem voltar a subir. “Neste ano, a alta deve ser de 5% a 20%. A partir de 2.018, os preços devem subir de 10% a 40%.”, diz Emílio Kallas, do Secovi-SP (sindicato do setor de habitação). Segundo ele, agora é uma boa hora para comprar na planta.
NA BALANÇA:
Não é só o preço que deve pesar na escolha entre um apartamento na planta ou pronto para morar.
“Os planejamentos familiar e profissional têm importância. A perspectiva da família vai definir o tipo e tamanho do imóvel, já a proximidade do trabalho está relacionada à localização do apartamento.”, diz Viriato.
Ele ressalta que quem adquire um imóvel na planta está comprando “uma promessa”, um projeto realizado geralmente em três anos.
Nesse meio tempo, há o risco de a obra atrasar ou até de a construtora falir. Por isso é fundamental verificar se a empresa está idônea no mercado.”, afirma Luz.
PRONTO PARA MORAR?:
- Conheça as vantagens e as desvantagens de cada tipo de imóvel: