Em recente matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações), forneceu informações sobre os bairros de Perdizes e Vila Leopoldina, para especial imobiliário.
A reportagem possuía o seguinte título: “Alto de Pinheiros ganha predinhos com boa arquitetura e tecnologia.”.
Os novos prédios erguidos no Alto de Pinheiros, na Zona Oeste da capital, são baixos, sofisticados e caros.
De 2.013 para cá, a região recebeu seis edifícios considerados de altíssimo padrão (a partir de R$ 1,5 milhões), segundo a consultoria imobiliária Geoimovel.
Todos os novos empreendimentos começam com três pavimentos e não ultrapassam oito, uma determinação do novo Plano Diretor, que restringe a altura de prédios em zonas residenciais.
Cinco dos seis projetos mais recentes estão a cerca de 1 km do Parque Villa- Lobos, que ocupa quase 10% do bairro e tem estrutura para a prática de esportes em meio a árvores da mata atlântica.
ARQUITETURA:
Além do parque, a proximidade de escolas tradicionais como Vera Cruz e Rainha da Paz, e o acesso facilitado por corredores de transporte, como a Marginal Pinheiros, fizeram a arquiteta Marina Della Mana, 39, escolher o edifício Mirá para voltar a viver no bairro em que morava quando criança.
“É um prédio mais família, diferente dos conjuntos enormes que vemos hoje. São poucos andares, sem aquele ar de clube.”, diz Della Mana.
O Mirá, construído pela IdeaZarvos, tem oito andares e fachada de tijolo aparente.
O projeto, do arquiteto Isay Weinfeld, privilegia as áreas particulares. As varandas dos 16 apartamentos são amplas e dão ao morador uma vista de quase 360º.
“É um prédio que lembra muito a arquitetura arrojada de Higienópolis e que se integra muito bem à essência residencial de Alto de Pinheiros.”, diz Otávio Zarvos, fundador da construtora. Uma unidade da Mirá de 211 metros quadrados custa a partir de R$ 3 milhões.
Outra construção entregue no final de 2.016 na região chama a atenção também pela tecnologia. No Art Cube, cada uma das duas torres tem 24 apartamentos distribuídos por oito andares. As unidades podem ser personalizadas com facilidades como ligar a banheira pelo celular ou acionar persianas e sistema de som por controle remoto. Os dois prédios são servidos por sistema de energia solar.
“É um condomínio muito pequeno, que me faz sentir no interior, mas é cheio de aparatos tecnológicos.”, diz Arival Casimiro, 52, professor, que vive no Art Cube com a mulher e mais dois filhos.
Há uma área verde logo na entrada do condomínio. “Erguemos um bosque de 250 metros quadrados para estimular mais o convívio entre os moradores.”, diz Fernando Trota, da Incorporadora MDL.
A Construtora Tecnisa também apostou na região e vai começar a construir em Maio o Arruda 168, de quatro pavimentos, com 12 unidades em seis opções de plantas. O maior apartamento, um dúplex, chega a ter até 588 m2. Uma unidade do Arruda custa a partir de R$ 5,3 milhões.
Enzo Riccetti, diretor da Tecnisa, diz que o preço dos empreendimentos de Alto de Pinheiros se justifica pela exclusividade do projeto e a escassa oferta de terrenos.
“O Alto de Pinheiros carrega um status que já o torna mais caro em relação ao resto da cidade pela estrutura de seus serviços. E deverá seguir atraindo projetos exclusivos para famílias endinheiradas que buscam por mais contato com uma vida de bairro e mais verde.”, afirma Riccetti.
Os empreendimentos no Alto de Pinheiros foram erguidos em áreas onde existiam grandes casarões. O terreno de 2.500 metros quadrados onde está o Art Cube corresponde à área de sete casas que foram demolidas, segundo Fernando Trota.