Como já falamos por aqui no blog, as avaliações de imóveis urbanos e imóveis rurais são extremamente importantes por diversos motivos, desde como uma ferramenta para aprimorar a gestão patrimonial até servir como base para negociações de compra e venda de imóveis, terrenos e outros ativos. Porém, no texto de hoje iremos falar sobre outro aspecto fundamental no ramo de engenharia de avaliações: a avaliação ambiental.
Elvis Luiz Teixeira, Gerente de Riscos e Perícia da Amaral d’Avila, explica como funciona: “Quando o profissional vai até o local a ser avaliado, ele precisa se atentar a uma série de vertentes, não somente ao bem em questão, pelo contrário, deve analisar todo o contexto no qual ele está inserido”.
Em uma análise ambiental é primordial que o profissional envolvido se dedique, continuamente, sempre a conhecer e se atualizar frente as normatizações técnicas envolvidas, a Legislação vigente e aos estudos técnicos desenvolvidos. Ele tem uma grande responsabilidade em suas mãos.
A importância da avaliação ambiental
Como já dito, são inúmeros os fatores a serem verificados durante a avaliação de um eventual imóvel ou terreno. Um exemplo bastante comum é a possível inserção de um imóvel em uma APP (Área de Preservação Permanente). Como a própria nomenclatura aponta, é uma local a ser preservado, obrigatoriamente.
Geralmente, são regiões que possuem cursos d’água, córregos, rios, mangues, matas e etc. Elvis comenta um caso real que serve como um ótimo exemplo: “Houve um cliente proprietário de uma grande área localizada entre o limite urbano e rural. Foi implantado um loteamento onde ocorriam alguns cursos d’água. Depois de algum tempo, recebeu uma notificação ao qual alegava que a área seria uma APP, portanto tal empreendimento estaria irregular. O cliente nos chamou para analisar todo o contexto envolvido, bem como, provar que na época a implantação do loteamento respeitava as premissas necessárias”, diz.
Passivos ambientais
Mas se você acha que uma análise ambiental está restrita a grandes áreas rurais, está enganado. Imóveis localizados em regiões urbanas também estão sujeitos aos chamados passivos ambientais. Mas, o que é isso, afinal?
De maneira a possibilitar um simples entendimento, uma das formas de passivos ambientais são os “problemas” que podem existir em um determinado terreno. Por exemplo: ao adquirir uma área que foi utilizada como posto de gasolina por 30 anos, o novo dono também passará a ser responsável pelos possíveis danos existentes neste local, como por exemplo, uma eventual poluição do subsolo devido vazamentos em tanques de combustíveis enterrados. Cabe ao proprietário arcar com as “remediações” necessárias. Por isso, a avaliação ambiental é tão importante: é ela que irá verificar todas essas possíveis situações.
Como Elvis pontua, “em regiões onde num passado funcionavam muitas indústrias, é bastante comum serem encontrados significativos passivos ambientais. Antigamente, quando as Leis e fiscalizações eram menos rígidas e até mesmo inexistentes, muitas empresas se preocupavam unicamente em produzir e faturar. O senso de responsabilidade ambiental era nulo”, explica.
Há de se ressaltar que uma avaliação ambiental correta vai muito além do que se imagina. Estamos a todo tempo expostos a uma infinidade de interferências, muitas delas passam até mesmo desapercebidas. Como exemplo é possível citar as poluições “visuais”, contaminações do “ar” e uma das mais significativas em grandes centros, a “sonora”.
A poluição sonora também é uma das vertentes que mais demandam por realizações de estudos técnicos especializados de análise ambiental, principalmente sob a ótica de Perícias de Engenharia ao qual trata medições de ruídos. Contudo, por se tratar de um assunto bastante extenso e interessante, fica para uma próxima oportunidade.
A Amaral d’Avila Engenharia de Avaliações possui profissionais qualificados e treinados, prontos para assessorar seus clientes em vasta gama de trabalhos técnicos especializados.