Apartamento compacto de luxo domina o mercado em Campo Belo

Em matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo – Especial Morar 2.016, a Geoimovel (maior provedor de pesquisa imobiliária do Brasil e empresa pertencente a Amaral d´Avila Engenharia de Avaliações) concedeu informações a respeito do bairro do Campo Belo, para a realização de especial imobiliário.

A reportagem possuía o seguinte título: Apartamento compacto de luxo domina o mercado em Campo Belo.”.

No Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, apartamentos pequenos não são sinônimo de economia. Com uma demanda crescente e uma oferta baixa, o preço médio do metro quadrado de um imóvel de um quarto pode chegar a quase R$ 14 mil.

São os chamados “compactos premium”, que apesar da metragem reduzida, estão instalados em bairro nobre e incluem regalias à la carte, do tipo “pay-per-use”.

Esse modelo de imóvel corresponde a 76% das unidades lançadas na região nos últimos cinco anos, um pouco mais de 2.780 unidades. Dessas, sobram em estoque 660 apartamentos.

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Desde 2.011, o perfil do bairro mudou. As construtoras passaram a investir mais em imóveis pequenos, deixando de lado os grandes apartamentos voltados para famílias, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).

A mudança aconteceu para atender um novo público, formado por jovens casais e empresários. Eles são atraídos pela facilidade de acesso a polos empresariais, como as Avenidas Roberto Marinho e Engenheiro Luís Carlos Berrini, e a proximidade com o aeroporto de Congonhas.

Isso gerou a valorização da região. Dados da consultoria imobiliária Geoimovel apontam que o metro quadrado sai hoje por R$ 13.420. Em 2.011, esse valor era de cerca de R$ 8.000.

De acordo com Petrucci, como os empreendimentos de alto padrão passaram a ficar caros demais, o negócio foi diminuir a metragem para continuar a oferta. “Foi uma forma que o mercado encontrou de continuar vendendo para quem tem o Campo Belo como desejo.”, diz.

A exigência por imóveis compactos na região é considerada “natural” por Celso Amaral, diretor da Geoimovel. Ele alerta, porém, que investir na região pode não ser uma boa. “São poucos imóveis e com preço alto. Compensa para quem quer morar, e não alugar ou revender.”.

VANTAGENS:

Para conquistar o novo público, as construtoras oferecem atrativos como salas de reunião; lavanderia coletiva e prédios com design.

A Odebrecht está investindo pela primeira vez no bairro. O empreendimento Estação Gabriele, em fase de construção, tem apartamentos de 36 m2 a 65 m2.

“Nosso público tem o perfil jovem. Oferecemos espaços como o home office, onde qualquer morador pode reservar e até realizar reuniões de trabalho.”, conta Juliana Monteiro, diretora de incorporações da empresa.

Quem segue a mesma linha é a Construtora MAC, que oferece imóveis de até dois quartos. “O Campo Belo é um bairro tradicionalmente familiar, com infraestrutura consolidada e que atrai um comprador que não quer um apartamento grande, mas que deseja morar na região por suas vantagens.”, afirma Ricardo Moraes, gerente comercial da empresa.

A aposentada Lúcia Batti Roque, 65, é moradora do Campo Belo há 30 anos e recentemente trocou um apartamento de quatro dormitórios por um compacto. Ela tece elogios ao bairro, mas faz ressalvas a verticalização da região. “Foram construídos muitos prédios. Por um lado, isso foi positivo, trouxe uma diversificação no comércio, mas, por outro, o trânsito ficou caótico.”, diz.

Fonte: http://especial.folha.uol.com.br/2016/morar/campo-belo-vila-mariana/2016/03/1751704-apartamento-compacto-premium-domina-o-mercado-em-campo-belo.shtml